domingo, 29 de março de 2009

Eficiência Energética, perdas e os Prodist

Fonte: Revista Eletricidade Moderna - Fevereiro 2009
Brasil - No Brasil, grande parte do problema da ineficiência energética concentra-se no lado da oferta. A literatura internacional estima as perdas técnicas médias dos sistemas elétricos (por efeitos joule e corona, fugas de corrente e perdas de transformação) em 7% da energia gerada, sendo 2% na transmissão e 5% na distribuição. Já no Brasil, essas perdas são avaliadas em 15% de toda a energia que se produz, dos quais 7% ocorrem nas redes das transmissoras e nada menos que 8% nas das distribuidoras. Tratando exclusivamente da distribuição, o volume das perdas totais (técnicas + comerciais) equivale a 15% do mercado. Para ter uma ideia do valor monetário disso, tome-se o ano de 2007, cujos dados estão mais à mão: o mercado atendido pelas concessionárias naquele ano alcançou 378,4 TWh, o que significa que as perdas corresponderam a algo como 56,9 TWh (15%). Como a tarifa média de venda de energia em 2007 foi de R$ 252,91, resulta que a valoração das nossas perdas, apenas na distribuição, atingiu no ano retrasado robustos R$ 14,35 bilhões, sem considerar a não arrecadação de tributos sobre a venda dessa energia.O setor de distribuição de energia elétrica nacional experimentou um inegável avanço de eficiência depois das mudanças iniciadas em 1995, com as privatizações, a reforma institucional e o advento de certo nível de competição. Nos anos recentes, porém, apesar dos esforços das distribuidoras e da atuação do órgão regulador, não se têm verificado avanços significativos (considerando, bem entendido, o conjunto das empresas) em termos de índices de perdas, por exemplo, ou dos indicadores relativos a interrupções do fornecimento. Por outro lado, o setor sempre se ressentiu da falta de uma regulamentação que padronizasse as atividades técnicas relacionadas ao seu funcionamento, como a já existente há anos para a área de transmissão. Esta lacuna foi preenchida recentemente. Após quase 10 anos em elaboração, publicaram-se em dezembro passado os Procedimentos de Distribuição, ditos "Prodist", um conjunto de documentos estabelecendo requisitos voltados a garantir a operação segura e eficiente e o acesso equânime aos sistemas de distribuição, a disciplinar os procedimentos relativos ao planejamento da expansão, à medição e à qualidade da energia, e a regulamentar o intercâmbio de informações entre os agentes e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), além de outros objetivos.Entre outras novidades, um dos oito módulos que o constituem dedica-se à qualidade da energia elétrica, contemplando fenômenos, até então ignorados na regulamentação setorial, relativos a perturbações de tensão, como harmônicos, desequilíbrios, flutuações e variações de curta duração - a exemplo dos já onipresentes afundamentos. Com módulos específicos sobre apuração e cálculo das perdas, possibilitando a comparação e o acompanhamento da evolução desse parâmetro por segmentos, ou sobre os requisitos para prestação de contas ao órgão regulador, os Prodist são reputados como documentos afinados com as expectativas de modernização do setor, tanto por parte dos consumidores quanto das próprias distribuidoras. Chegam com a missão, oxalá bem sucedida, de auxiliar o setor elétrico nacional a aproximar seus indicadores de desempenho daqueles exibidos no Primeiro Mundo.

LED orgânico azul tem aumento de eficiência de 25%




quarta-feira, 25 de março de 2009

Famílias de Palhoça recebem coletores solares

Fonte: Diário Catarinense - 20.03.2009

Santa Catarina - No último sábado, a Celesc Distribuição entregou coletores de energia solar a 292 unidades habitacionais do bairro Caminho Novo, em Palhoça, na Grande Florianópolis (SC). A doação faz parte do Programa de Eficiência Energética (ProCeleficiência). As famílias do Conjunto Habitacional Caminho Novo são as primeiras contempladas pelo contrato firmado entre a Celesc Distribuição e a Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina (COHAB) para substituir o aquecimento elétrico de água por energia solar. Os coletores solares têm etiqueta nacional de conservação de energia do Inmetro (Instituto Nacional de Metrolologia, Normalização e Qualidade Industrial) e garantia de cinco anos.A entrega dos equipamentos será na Escola Professora Adriana Weingartner. Além da orientação às famílias sobre o uso dos equipamentos, a Celesc vai prestar atendimento comercial com negociação de dívidas da conta de luz e realizar palestras sobre uso seguro da energia elétrica. O contrato para substituição de aquecimento da água para chuveiro elétrico por aquecimento com energia solar em 1.527 residências da COHAB foi assinado em 27 de janeiro. O projeto vai atender unidades habitacionais em 12 comunidades catarinenses com recursos de R$ 3 milhões do ProCeleficiência.

terça-feira, 24 de março de 2009

Software para economizar energia

Fonte: Jornal do Commercio - 18.03.2009

Mundo - O Google lançará em breve um software livre que permitirá aos usuários acompanhar o consumo de energia em casa e ampliar a eficiência dessa utilização. O objetivo é apoiar o combate ao aquecimento global.Dan Reicher, diretor de mudanças climáticas e iniciativas de energia do Google, disse que a companhia de internet está negociando com empresas prestadoras de serviços de energia dos Estados Unidos, Europa e Ásia para tornar o software viável rapidamente para os consumidores em geral.Como parte de esforços para reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa, o Google divulgou em fevereiro que poderia usar sua experiência na criação de software para o programa que mostrará o consumo de energia doméstico em tempo real através do computador ou telefone."Ele será produzido muito em breve para os consumidores comuns de energia", disse Reicher, sem especificar prazos."Quando comecei a ter acesso às informações sobre minha própria casa, descobri que tenho um motor elétrico de 35 anos operando para manter meu sistema de calefação. Aquilo estava utilizando uma quantidade enorme de eletricidade. Eu não imaginava que essa é a mudança que tenho que fazer em minha casa."

Software para economizar energia

Fonte: Jornal do Commercio - 18.03.2009

Mundo - O Google lançará em breve um software livre que permitirá aos usuários acompanhar o consumo de energia em casa e ampliar a eficiência dessa utilização. O objetivo é apoiar o combate ao aquecimento global.Dan Reicher, diretor de mudanças climáticas e iniciativas de energia do Google, disse que a companhia de internet está negociando com empresas prestadoras de serviços de energia dos Estados Unidos, Europa e Ásia para tornar o software viável rapidamente para os consumidores em geral.Como parte de esforços para reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa, o Google divulgou em fevereiro que poderia usar sua experiência na criação de software para o programa que mostrará o consumo de energia doméstico em tempo real através do computador ou telefone."Ele será produzido muito em breve para os consumidores comuns de energia", disse Reicher, sem especificar prazos."Quando comecei a ter acesso às informações sobre minha própria casa, descobri que tenho um motor elétrico de 35 anos operando para manter meu sistema de calefação. Aquilo estava utilizando uma quantidade enorme de eletricidade. Eu não imaginava que essa é a mudança que tenho que fazer em minha casa."

Energia eficiente

Fonte: Valor Econômico - 18.03.2009

Brasil - A Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Conservação de Energia) tenta agilizar, junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), as liberações da linha de financiamento chamada Apoio a Projetos de Eficiência Energética - Proesco -, que dá suporte a projetos que visem economizar energia. O BNDES tem R$ 100 milhões para conceder, via agentes como Bradesco, Itaú, e outros grandes, a empresas que desejam implementar projetos para racionalizar seu consumo de energia. Segundo Armando Ricardi Jr., membro do conselho consultivo da Abesco, os investimentos têm retorno médio de dois anos, mas há casos em que se pagam em alguns meses.Falando no Simpósio Envisioneering, promovido pela Danfoss, em São Paulo, na semana passada, Ricardi afirmou que a economia potencial de projetos de eficiência energética evitaria a necessidade de construção de usinas como as do rio Madeira. É um valor estimado em US$ 4 bilhões, em números de 2006, ou 35,379 GWh/ano.Mesmo ainda em fase incipiente, o mercado de eficiência energética cresce no país. Em 2008, fechou com faturamento de R$ 800 milhões, 26% de crescimento sobre 2007. Mesmo com crise, ou até por causa dela, a previsão é que continue aumentando a taxa de dois dígitos em 2009.

Energia eficiente

Fonte: Valor Econômico - 18.03.2009

Brasil - A Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Conservação de Energia) tenta agilizar, junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), as liberações da linha de financiamento chamada Apoio a Projetos de Eficiência Energética - Proesco -, que dá suporte a projetos que visem economizar energia. O BNDES tem R$ 100 milhões para conceder, via agentes como Bradesco, Itaú, e outros grandes, a empresas que desejam implementar projetos para racionalizar seu consumo de energia. Segundo Armando Ricardi Jr., membro do conselho consultivo da Abesco, os investimentos têm retorno médio de dois anos, mas há casos em que se pagam em alguns meses.Falando no Simpósio Envisioneering, promovido pela Danfoss, em São Paulo, na semana passada, Ricardi afirmou que a economia potencial de projetos de eficiência energética evitaria a necessidade de construção de usinas como as do rio Madeira. É um valor estimado em US$ 4 bilhões, em números de 2006, ou 35,379 GWh/ano.Mesmo ainda em fase incipiente, o mercado de eficiência energética cresce no país. Em 2008, fechou com faturamento de R$ 800 milhões, 26% de crescimento sobre 2007. Mesmo com crise, ou até por causa dela, a previsão é que continue aumentando a taxa de dois dígitos em 2009.

Troca de chuveiro elétrico por aquecedor

Fonte: Bragança Jornal Diário - 17.03.2009

Brasil - Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o relator da Comissão Especial de Fontes Renováveis, deputado Fernando Ferro (PT-PE), informou que a liberação de financiamento pela Caixa Econômica Federal para construção da casa própria poderá ficar condicionada ao compromisso de incorporação de aquecedores solares ao projeto do imóvel. “Precisamos criar mecanismos para a adoção desses equipamentos”, afirmou, ao anunciar que pretende incluir essa medida em seu relatório. A professora Elizabeth Marques Pereira, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), também participou do debate e ressaltou que a substituição do chuveiro convencional pelo aquecedor solar é estratégica para o Brasil. Segundo ela, o Brasil é o único país a usar o chuveiro elétrico - que provoca picos de consumo de energia.“A lei de Israel obriga que toda construção tenha tubos para instalação de energia solar, embora a família possa usá-la quando quiser”, exemplificou. Em Belo Horizonte (MG), segundo ela, todas a casas populares já vão ser entregues com energia solar. Elizabeth Pereira disse que o setor de energia alternativa precisa de políticas de incentivos. A maior preocupação, segunda a professora, é com os coletores (para captação de energia solar) importados da China. “Se o governo não cuidar dos fabricantes nacionais vai haver uma invasão de coletores fabricados na China, gerando empregos lá”, alertou.O professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Ricardo Ruther também cobrou incentivos para o setor. Ele disse que na Alemanha, onde as condições climáticas não são tão favoráveis como no Brasil, existe um programa de uso de energia solar que gera 42,6 mil empregos.

quinta-feira, 19 de março de 2009

MMA propõe energia solar para casas do PAC da Habitação


Fonte: Envolverde - 16.03.2009

Brasil - O Ministério do Meio Ambiente vai propor à Casa Civil a utilização de energia solar nas casas populares construídas pelo PAC da Habitação em substituição ao chuveiro elétrico. A ideia foi lançada durante oficina de trabalho, promovida pelo MMA no último dia 10, com o objetivo de discutir a elaboração do programa do governo para desenvolvimento e disseminação de ações na área de aquecimento solar de água. A primeira versão do plano deverá ser encaminhada ao Planalto até o final da próxima semana.Participaram do encontro técnicos da Secretaria de Mudanças Climáticas/MMA, do Ministério do Minas e Energia (parceiro da iniciativa) e de outros setores do governo e agentes internacionais. Com apoio do Ministério Alemão de Meio Ambiente, Proteção Ambiental e Segurança Nuclear, por meio da Cooperação Técnica Alemã (GTZ), a oficina teve como finalidade compartilhar as experiências dos diversos agentes que atuam na área, de modo a incrementar a utilização do aquecedor solar no mercado nacional de maneira ampla e eficiente, reduzindo seus custos de instalação.A viabilização de um programa de incentivo da energia solar térmica poderá auxiliar na implementação do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que prevê o uso de aquecimento solar de água para mitigação dos efeitos climáticos. A energia solar é superior a qualquer outra forma de captação de energia convencional por tratar-se de uma fonte totalmente natural, ecológica, gratuita, inesgotável e que não agride o meio ambiente.O chuveiro é responsável por um terço da energia elétrica consumida em uma residência, por isso é considerado o grande vilão do uso eficiente de energia. O aquecimento de água para banho é responsável por 5% do consumo de energia elétrica no país. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro- Oeste, sua participação é de respectivamente 24%, 26% e 26% do total da energia gerada. Já no Norte e Nordeste, esses percentuais são bem mais baixos, da ordem de 2% e 14%, respectivamente. Esse fato é responsável por aproximadamente 18% do pico de demanda do sistema elétrico nacional.Os chuveiros elétricos são grandes consumidores de energia e, apesar de eficientes do ponto de vista de conversão de energia elétrica em térmica, seu uso não é considerado eficiente sob o ponto de vista da utilização da eletricidade. Assim, um sistema misto elétrico-solar torna possível obter até 80% da energia renovável e usar apenas 20% de energia elétrica.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Aquecimento solar: uma lei que começa a pegar nas cidades brasileiras

Fonte: Carolina Medeiros - Reportagem Procel Info
Para algumas cidades do país, a instalação de sistemas para aquecimento de água por energia solar virou lei municipal. Com isso, a população, além de economizar energia, recebe da prefeitura alguns benefícios pela implantação dos painéis solares, que visam reduzir o consumo de eletricidade, principalmente no banho, com a retirada dos chuveiros elétricos. A utilização dessas placas, pode se dar através da iniciativa da própria população, instalando painéis nos edifícios, ou pela prefeitura, viabilizando projetos, como o de habitação para baixa renda, que contemple o uso de sistemas de aquecimento solar.
A prefeitura de Belo Horizonte aprovou a Lei Municipal n° 9.415 de 25 de julho de 2007, que institui a política municipal de incentivo ao uso de formas alternativas de energia, tais como a energia solar e a energia a gás. Essa lei, segundo a prefeitura, traz como medida concreta e imediata, a partir desse ano de 2009, a mudança no critério de pontuação para avaliação do imóvel para fins de cálculo do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). "A lei é uma forma de incentivar a população a adotar sistemas de aquecimento de água por energia solar. O incentivo vem através da redução do IPTU", contou o engenheiro da prefeitura de Belo Horizonte, Rogério Siqueira. Segundo ele, o desconto no IPTU ainda é o único projeto da prefeitura em decorrência da lei, mas há estudos para a construção de casas populares que contemplem os painéis solares.
Para o Departamento de Aquecimento Solar (Dasol) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), as leis implantadas pelas prefeituras, estimulam o crescimento do mercado de coletores solares, mas, principalmente, incentivam a energia solar como fonte de calor do presente e do futuro do Brasil. Atualmente, segundo o diretor do Dasol/Abrava, Carlos Faria, já somam 30 as leis aprovadas em diversas cidades como São Paulo, Marília (SP), Campo Grande (MS), Vitória (ES), Niterói (RJ), entre outras. Além disso, 94 projetos de leis tramitam em outras cidades do país que serão votadas ainda este ano.
"Creio que o mais importante destas leis é a massificação cultural. Tomo como exemplo a cidade de São Paulo. Antes da lei não se ouvia muitos construtores ou arquitetos falando do aquecimento solar e projetando as edificações para receber esta tecnologia", contou. Depois desta lei, segundo ele, houve um amplo debate, rodadas técnicas, parcerias entre projetistas, fornecedores de sistemas de aquecimento solar, aumento da demanda de cursos de formação de profissionais. Tanto que somente neste ano, o Dasol/Abrava tem como meta oferecer quatro cursos só na cidade de São Paulo para formação de projetistas.
Entre 2007 e 2008, o mercado de aquecimento solar cresceu 35%, sendo que neste último ano o crescimento atingiu 17% "tendo em vista um último trimestre do ano bastante conturbado em virtude da crise mundial", afirmou Faria. O crescimento mundial, de acordo com o diretor do Dasol/Abrava, vem sustentando uma média anual nos últimos quatro anos de 20%. "Hoje o Brasil conta com aproximadamente 4,5 milhões de metros quadrados de coletores solares instalados e no mundo já são mais de 200 milhões de metros quadrados de coletores solares", disse o executivo.
Ainda de acordo com Faria, a lei de aquecimento solar no país faz todo sentido porque 8% de toda a energia consumida no Brasil vai somente para prover o banho do brasileiro. "Mais de 20.000 MW de potência estão destinados ao banho", calcula o diretor. O aquecimento solar, segundo estimativas do Dasol/Abrava, proporciona economias diretas no bolso do consumidor. "Se bem projetados e instalados, podem economizar mais de 80% da energia necessária para aquecer água, o que representa em uma família de classe média, cerca de 30% da conta de energia. No caso da família de baixa renda, o uso do aquecimento solar reduz em mais de 50% a conta de energia das famílias", observou Faria.

Vidro potencializa a energia solar

Fonte: O Globo - 15.03.2009

Estados Unidos - Limpa e renovável, a energia solar esbarra num problema: a baixa eficiência dos painéis fotovoltaicos, incapazes de converter em eletricidade toda a energia que recebem do Sol. Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), no entanto, desenvolveram um meio de “turbinar o sistema”: os concentradores solares orgânicos (OSC), placas capazes de ampliar em dez vezes a eficiência dos painéis solares. Sobre a placa de vidro, uma película fina de corantes especiais funciona como uma armadilha que prende a luz. As moléculas dos corantes absorvem raios do Sol e os reemitem dentro do vidro.“Uma vez dentro do vidro, ela não pode sair”, explicou, em entrevista à revista americana “Science”, Jonathan Mapel, que desenvolveu a tecnologia com mais quatro colegas do MIT. Os pesquisadores já abriram uma empresa para comercializar a nova tecnologia, a Covalent Solar. A produção pode começar em três anos.Segundo Mapel, o funcionamento lembra o da fibra óptica: “Quando você dispara laser numa ponta da fibra, essa luz se reflete dentro dela até alcançar a outra ponta. Do mesmo jeito, a luz coletada por toda a superfície do vidro viaja para as bordas. Ali, a luz concentrada pode ser captada por qualquer painel solar, mas com um ganho de eficiência”.Hoje, a energia solar custa três vezes mais do que a gerada por fontes convencionais. Daí o interesse em concentrar a luz do Sol, incidindo sobre uma grande superfície, em uma pequena área. As usinas de energia solar usam grandes espelhos curvos em série para redirecionar luz aos painéis. Como girassóis, esses espelhos se movem ao longo do dia, evitando fazer sombra um no outro.Sem a ajuda desses espelhos, um painel solar convencional converte apenas 14% da energia da luz solar em eletricidade. Usando os espelhos gigantes, a eficiência chega a no máximo 40%, mas a estratégia é cara.Além do preço, outra desvantagem dos espelhos é que eles não concentram só luz, mas também calor.Os painéis solares precisam, então, ser esfriados para funcionar direito.A ideia de usar películas com corantes para concentrar luz solar já tinha sido explorada nos anos 1970, mas foi descartada porque os corantes da época não transportavam luz por distâncias suficientes.Mapel e seus colegas ressuscitaram a ideia quando pesquisavam painéis solares “orgânicos”, feitos de compostos de carbono — usado em lugar do silício, material mais comum dos painéis.Mapel acredita, porém, que o uso mais interessante dos OSCs será simplesmente “turbinar” os painéis solares já em uso. Com melhorias no protótipo, descrito na “Science”, ele espera que um painel convencional acoplado a um OSC ultrapasse a eficiência dos painéis acoplados a espelhos, chegando a aproveitar mais de 50% dos quase 5 MWh que atingem em média cada metro quadrado da Terra.

Etiquetagem do nível de eficiência energética dos edifícios no Brasil

Fonte: Procel - 13.03.2009

Brasil - Será lançada este ano a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para edifícios comerciais de serviços e públicos, que determinará o nível de eficiência energética dos projetos e dos edifícios construídos. Eles serão avaliados quanto à eficiência de sua envoltória (fachadas, coberturas e pisos) e de seus sistemas de iluminação e climatização. Além disso, poderão receber bonificações caso adotem outras soluções em prol da eficiência energética, como uso racional da água, emprego de fontes renováveis de energia e inovações tecnológicas. Também está sendo elaborada a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para edifícios residenciais unifamiliares e multifamiliares, com previsão de lançamento para 2010.Encontra-se no portal do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para download – www.inmetro.gov.br – o Regulamento Técnico da Qualidade para Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTQ), uma espécie de norma técnica para avaliação do nível de eficiência energética dos edifícios.Conforme a metodologia do Programa Brasileiro de Etiquetagem – o PBE - a Etiqueta poderá ser dada a todos os edifícios que se candidatarem e informará seu nível de eficiência energética desde o A (mais eficiente) até o E (menos eficiente) no intuito de orientar o consumidor no momento da compra do imóvel e de fomentar a construção de prédios mais eficientes. A etiquetagem de edificações no Brasil é uma ação pioneira do Ministério de Minas e Energia, Eletrobrás/Procel Edifica e do Inmetro e entrará em vigor em 2009 de maneira voluntária. Acreditamos que ela servirá como importante instrumento para o consumo eficiente de energia, promovendo economia e benefícios para toda a sociedade, e que futuramente possa ser empregada compulsoriamente.

Aquecedores solares recicláveis


Fonte: Brasil Energia - 13.03.2009

Santa Catarina - A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) assina nesta segunda-feira, 16 de março, um convênio de cooperação técnica para a difusão de aquecedores solares compostos por materiais descartáveis com a Caixa Econômica Federal, com a Prefeitura de Florianópolis, em Santa Catarina, e com a Cooper Solar. O acordo prevê a confecção de 437 aquecedores feitos de garrafas PET e embalagens tetra pak, e sua instalação na região do Maciço Morro da Cruz, área central de Florianópolis (SC). “Além de reduzir e prevenir danos ambientais, o projeto carrega em si a geração de emprego e renda, a redução de custos com energia elétrica e o consumo consciente”, explica Viviani Bleyer Remor, assessora de Responsabilidade Social da Celesc Distribuição.O projeto, conhecido como Energia do Futuro, surgiu em 2006, quando a Celesc fechou uma parceria com o catarinense José Alcino Alano, inventor dos geradores. Desde então, mais de sete mil pessoas foram beneficiadas em mais de 123 instituições sociais, e quase 71 mil embalagens foram utilizadas na fabricação dos aquecedores.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Governo estuda uso de energia solar em chuveiros de casas do novo programa habitacional

Fonte: Agência Brasil - 09.03.2009

Brasil - O governo está estudando a possibilidade de substituir a energia elétrica pela solar para aquecimento da água dos chuveiros das casas que fazem parte do novo programa habitacional. Ainda em fase de elaboração, o programa prevê a construção de 1 milhão de casas populares até 2010 e será destinado a pessoas de baixa renda.Calcula-se que a substituição dos chuveiros elétricos nas moradias populares poderá reduzir o custo da conta de luz em até R$ 300 por ano em uma residência de Minas Gerais, por exemplo. O governo ainda não sabe quantas casas poderão contar com o sistema, mas calcula que o acréscimo no preço final das moradias, que vão custar cerca de R$ 15 mil, ficará entre R$ 800 a R$ 1 mil. Um grupo de técnicos e especialistas do governo se reuniu, no último dia 10, para definir as diretrizes para a implantação do sistema de aquecimento solar nas moradias populares. Participaram do encontro representantes do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério de Minas e Energia, da Casa Civil, do Ministério das Cidades, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Eletrobrás, da Caixa Econômica Federal, do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) e de universidades federais. Na reunião, será discutida a forma de financiamento para a instalação do sistema - se o valor será subsidiado ou diluído na prestação das casas. Além disso, os técnicos devem avaliar quais os melhores materiais a serem utilizados e se a indústria nacional está preparada para atender ao aumento da demanda. De acordo com a coordenadora da área de energia e meio ambiente da Secretaria de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Vânia de Araújo Soares, o número de moradias que terão aquecimento solar vai depender de uma avaliação da distribuição regional das construções. “No Nordeste, por exemplo, as pessoas não usam chuveiro elétrico, elas tomam banho frio. Então, essa regionalização é que vai definir o número de casas que contarão com o aquecimento solar”, explicou. A coordenadora enfatizou, ainda, que o acréscimo no custo final das casas também vai depender da escala em que o sistema for adotado. Segundo Vânia, o sistema de aquecimento solar é importante ambientalmente, pois, ao diminuir a sobrecarga no sistema elétrico, adia a necessidade da construção de novas usinas hidrelétricas ou termelétricas. “O sistema reduz a demanda de energia no horário de pico, que é quando os chuveiros elétricos são mais utilizados”, disse. O governo deve anunciar os detalhes das medidas ainda neste mês.

sábado, 7 de março de 2009

Economia no bolso com pouco esforço

Fonte: Folha do Espírito Santo - 04.03.2009

Espírito Santo - No cenário atual, a ordem que rege a maior parte dos setores é economizar. A aquisição de bens e produtos passa a ter um critério por parte dos consumidores e os benefícios econômicos gerados pela aquisição de alguns produtos passam a ser mais valorizados.Numa residência, as principais despesas são as contas mensais como água e luz. Torneiras, lâmpadas e chuveiros estão na lista dos produtos que podem ajudar na economia domiciliar. “É um investimento que gera economia no longo prazo” explica o empresário Luiz Fernando Lucho do Valle, presidente da Ecoesfera Empreendimentos Sustentáveis, que implantou nos imóveis residenciais desenvolvidos pela Ecoesfera, até 16 itens ecoeficientes, destacando três fatores que são implantados em todos os projetos: o uso consciente e aproveitamento dos recursos naturais: água, energia e gás, o que leva a uma economia de até 30% na redução da taxa de condomínio.Alguns desses itens estão no mercado há quase duas décadas, porém, eram restritos ao uso em locais de grande circulação como aeroportos, shoppings e hotéis. “Esses aparelhos foram adaptados para uso doméstico e agora o consumidor passa a encontrá-los com mais facilidade no mercado” define do Valle.Para economizar água: Torneiras de fechamento automático reduzem a vazão de água economizando 150 litros por dia, o que representa 50% menos em relação ao uso da torneira convencional. Duchas com controle de vazão reduzem a intensidade da água para nove litros por minuto, metade do volume de uma ducha convencional. A economia é de R$ 60 por mês numa residência com quatro pessoas, sendo cada uma delas tomando banho diário de dez minutos.Para economizar energia: Evite as lâmpadas incandescentes. Elas custam menos, mas são as mais ineficientes. Uma lâmpada fluorescente compacta de 20 W ilumina mais do que uma incandescente de 60 W e pode durar até 10 vezes mais. Existem vários modelos de lâmpadas tidas “ecológicas”, prefira sempre as com selo Procel. A mudança de pequenos hábitos pode fazer a diferença, - em nível macro - e a cidade e, principalmente o consumidor pode sentir essa transformação.

Eficiência energética II

Fonte: Revista Eletricidade Moderna - Janeiro 2009

São Paulo - As distribuidoras de energia elétrica do Grupo CPFL Energia substituirão lâmpadas de luminárias de 1.797 escolas públicas estaduais de São Paulo entre 2009 e 2010, com o objetivo de reduzir o consumo de energia. A empresa investirá cerca de R$ 40 milhões no programa, sem qualquer ônus para o estado, para a substituição de lâmpadas e equipamentos obsoletos por outros mais modernos e eficientes. Ao todo, serão contempladas 20.965 salas de aula, 8.834 banheiros e 666 refeitórios. A primeira etapa do projeto consiste na realização de um diagnóstico para cada escola. Com base nesse diagnóstico, será possível estimar quanto poderá ser economizado.

Simuladores aumentam eficiência energética de edifícios

Fonte: Pini Web - 04.03.2009

Inglaterra - Os engenheiros ingleses Paul Carey e Eric Roberts, do escritório Zero Energy Design, estiveram no Brasil a convite da Otec para dar um curso sobre modelagem computacional aplicada à eficiência energética. Também conhecido como "energy modeling", a modelagem se vale do uso de ferramentas computacionais para simular o uso de energia por um edifício durante um ano de operação, de modo que se possa munir projetistas de informações para elaborar estratégias mais eficazes para tornar o consumo energético da construção mais eficiente. Carey e Roberts receberam a Téchne para uma entrevista durante sua estadia em São Paulo.O que é a modelagem computacional aplicada à eficiência energética?Eric Roberts - Por meio dela, analisam-se os padrões de ocupação do imóvel, todos os fatores que influenciam a utilização diária do edifício e qual o seu comportamento em relação a eles. Utilizando softwares disponíveis no mercado, desenvolvidos ao longo dos últimos anos, é possível realizar simulações anuais e prever o consumo energético da edificação, aprimorar a conservação de energia, testar diferentes materiais e sistemas, elementos de sombreamento etc.O que é feito com esses dados?Roberts - Com isso, é possível quantificar os padrões de consumo de energia e elaborar um modelo do edifício. Com a interação entre os projetistas do edifício, é possível propor mudanças e melhorias para a construção no sentido de reduzir seu rastro de carbono e o impacto sobre o meio ambiente.Qual o momento ideal para realizá-la?Paul Carey - É importante aplicar a modelagem no início do desenvolvimento de um novo empreendimento, em sua etapa de concepção. Nessa fase, é possível traçar um bom plano estratégico para aprimorar a eficiência energética da edificação. Quanto mais cedo entrarmos num projeto, mais fácil incorporar mudanças. Entrando nas fases mais tardias, o projeto está mais engessado e as opções de melhoria, mais restritas. Fica muito mais difícil, na verdade, devido ao custo da incorporação dessas modificações.

Celesc entrega geladeiras de baixo consumo em Blumenau


Fonte: Agência CanalEnergia - 05.03.2009

Santa Catarina - A Celesc Distribuição (SC) entregará nesta sexta-feira, 06 de março, 450 geladeiras eficientes a moradores de baixa renda de Blumenau. Com investimentos de R$ 405 mil, segundo a empresa, a iniciativa faz parte do Programa Celesc de Eficiência Energética, o ProCeleficiência. Os equipamentos terão selo Procel e, de acordo com a companhia, o consumo do eletrodoméstico poderá ser reduzido pela metade. O ProCeleficiência implementa ações que promovem redução do consumo de energia através da substituição de equipamentos antigos por outros com tecnologia mais eficientes. Além disso, o programa orienta os participantes sobre o uso correto, racional e seguro de energia.No ano passado, a Celesc Distribuição investiu R$ 9,276 milhões em 34 projetos de eficiência energética. Entre eles, estão a instalação de motores de alto rendimento em indústrias e hospitais públicos, sistema de aquecimento solar para água em entidades beneficentes e poderes públicos estaduais, além da substituição de sistemas de iluminação e de refrigeração.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Ampla realiza obras de eficiência energética

Fonte: Procel Info - 05.03.2009
Eficiência energética reduzirácontas do 12° BPMRio de Janeiro - A Ampla iniciou, na última terça feira, 3 de março, uma obra de eficiência energética no 12º Batalhão da Polícia Militar da cidade de Niterói (12º BPM), no Rio de Janeiro. O projeto, de R$ 55 mil, inclui troca da fiação interna, substituição de 150 lâmpadas incandescentes por fluorescentes que economizam energia, instalação de 10 ventiladores de teto e 16 aparelhos de ar-condicionado eficientes energeticamente, e doação de duas geladeiras com o selo Procel.A medida deve proporcionar redução de 15% nas faturas de energia elétrica da instituição e uma economia anual de 160 MWh, o equivalente ao consumo anual de 90 famílias compostas por quatro pessoas. O 12º BPM é a primeira instituição a ser beneficiada este ano pela Ampla com o projeto de eficiência energética. Na semana que vem, a Ampla começará a reformar a 72ª Delegacia Policial, no município de São Gonçalo. E, até o final de abril, a distribuidora realizará o programa em mais cinco delegacias, nos municípios de São Gonçalo, Alcântara, Magé, Cabo Frio, Cantagalo e Angra dos Reis.

BNDES aprova financiamento para projeto de eficiência energética

Fonte: Agência CanalEnergia - 03.03.2009
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 1,2 milhão à Light Esco Prestação de Serviços Ltda. O valor será destinado à implantação de um projeto de eficiência energética no prédio da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. O BNDES participa com 75% do total previsto para o projeto. Serão substituídos dois equipamentos de refrigeração por outros mais modernos e de maior capacidade, além da reforma do sistema de água gelada, que resultará em economia de 1.140 MWh por ano. A instalação do sistema no edifício carioca será realizada pela própria Light Esco.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Inscrição para Programa de Iniciação Científica e Tecnológica


Fonte: Jornal Correio de Uberlândia - 26.02.2009

Minas Gerais - O Sistema Fiemg, por intermédio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), está com inscrições abertas até o dia 31 de março para o Programa de Iniciação Científica e Tecnológica para Micro e Pequenas Empresas (BITEC) que integra alunos universitários ou de curso superior tecnológico com o setor produtivo, sob supervisão de um professor orientador.Os temas devem abranger as áreas de gestão tecnológica, engenharias, controle e processo industriais, gestão ambiental, biotecnologia, nanotecnologia, energias renováveis e eficiência energética, logística, produção de design, agronegócios, produção alimentícia, informação e comunicação, saúde e segurança do trabalho que atendam à criação e ao aperfeiçoamento de produtos, processos e/ou serviços da empresa participante.São 600 bolsas oferecidas em todo o país. Os alunos classificados receberão R$ 300 mensais do programa – valor que poderá ser complementado pela empresa. Os professores orientadores receberão uma ajuda de custo de R$ 50 mensais da empresa.Os interessados deverão enviar o projeto elaborado pelo estudante, professor e empresa para o IEL, com toda a documentação e formulários exigidos no manual disponível no site da Fiemg. A divulgação dos projetos aprovados será feita a partir do dia 27 de abril também no site.

Econômicas X incandescentes: Os impactos sobre a natureza

Fonte: Abesco - 27.02.2009

Brasil - A utilização de lâmpadas fluorescentes compactas de alta eficiência, no lugar das tradicionais incandescentes, tem sem dúvida várias vantagens ambientais: com mesmo fluxo luminoso consomem até 80% menos. Além disto, duram cerca de oito vezes mais em relação às incandescentes. Isto permite não somente uma consistente economia de energia na sua conta de energia elétrica, o que amortiza rapidamente o valor superior investido, mas também na redução do aquecimento global devido a sua baixa emissão de calor.A este propósito a entidade que agrupa a grande maioria dos fabricantes europeus de lâmpadas sustenta que a substituição das lâmpadas incandescentes até 2015 permitiria reduzir 23 milhões de toneladas de emissão de CO2 na Europa, além dos 7 bilhões de euros. Mas como sempre temos o reverso da medalha. As lâmpadas modernas contêm substâncias altamente poluidoras (mercúrio e pó fluorescente) que, se não recolhidas e tratadas corretamente, podem produzir mais danos ao ambiente do que os benefícios citados anteriormente.Seria preciso então que mecanismos de gestão de coleta e refugo fossem bem preparados, antes que a difusão das lâmpadas eletrônicas fossem difundidas em massa. No Brasil seu uso foi amplamente difundido desde a época do “apagão” e não me parece que tenhamos até o momento um programa de coleta e tratamento deste tipo de lixo industrial que passa por nossas casas, mesmo para as lâmpadas incandescentes. Colocar a responsabilidade somente sob as costas dos fabricantes/Importadores também pode ser demasiada, todavia com o envolvimento dos consumidores, lojistas, revendedores e das comunidades algo deveria ser colocado em prática. Existem modelos a serem observados na Europa.Desde o ano passado o governo italiano, por exemplo, decidiu vetar o uso de lâmpadas incandescentes, todavia isto se mostra impraticável e o cenário mais provável é a substituição gradual das tecnologias menos eficientes. Por isto mesmo é difícil prever quanto tempo duraria uma conversão desta natureza na Itália. Atualmente na Itália o mercado total é de cerca de 200 milhões de peças e de cerca de 135 milhões de lâmpadas a descarga. Dentre estas cerca de 40 milhões são consideradas compactas fluorescentes com reator integrado, também chamadas de “lâmpada econômica”.Ainda em território italiano a redução de emissão de CO2 poderia atingir, considerando o mercado anual de 200 milhões de lâmpadas e que todas estivessem acesas por 1.000 horas/ano teríamos então 200 bilhões de horas de funcionamento. Considerando uma potência média de 60 W por lâmpada teríamos uma redução de consumo de energia total por volta de 12 bilhões de kWh.Sabendo que cada kWh consumido gera cerca de 0,5 kg de CO2 (parâmetro para um país que a geração de energia é feita sobretudo sobre a queima de combustíveis fósseis). As lâmpadas incandescentes seriam então responsáveis por 6 milhões de toneladas de CO2. Sua substituição por lâmpadas fluorescentes compactas por 100% por todos os consumidores residenciais, comerciais e industriais, como hipótese, fariam reduzir de 80% desta emissão, ou seja, quase 5 milhões de toneladas de CO2 por ano! Isto por si só justificou a criação de um programa nacional que suporte estas iniciativas: substituição paulatina, coleta e tratamento do lixo industrial.Centros de coleta municipais são a chave para o funcionamento do sistema italiano. Os fabricantes, organizados em sistemas de coleta, estão prontos já há algum tempo: na medida em que as comunidades inscrevem seus centros de coleta no site da associação dos fabricantes estes dispõem meios para iniciar a coleta nestes centros. Até o final de março passado 1.000 centros de coleta estavam plenamente operacionais.Evidentemente que uma rede de transporte devidamente credenciada, com equipamentos adequados ao transporte de produtos perigosos, para oferecer a máxima proteção contra rupturas acidentais destas lâmpadas seria necessária. Seis centros de tratamento especializados na separação dos componentes e NBA recuperação do mercúrio. Estes seis centros são em grau de acolher e tratar todo o material proveniente dos quatro cantos do pais.Ainda não foram medidos os ganhos com o reuso dos materiais separados, um ganho em fase de avaliação. Evidente, os números referem-se à Itália, que em termos de população representa ¼ da população brasileira e nossa matriz de geração de energia elétrica felizmente não é a mesma, porém já é possível imaginar a ordem de grandeza dos impactos no Brasil.

Projeto dá bônus ao consumidor

Fonte: ComuniWeb - 27.02.2009
Brasília - Dois projetos de lei do deputado José Reguffe (PDT), em tramitação na Câmara Legislativa, propõem um bônus-desconto de 20% na conta de água e energia para unidades consumidoras dos dois produtos em nível residencial, comercial ou industrial, tomando-se por base o consumo de energia registrado no mesmo mês do ano anterior. No Projeto de Lei nº 1.141, o deputado propõe que a Companhia Energética de Brasília (CEB) informe ao consumidor o consumo registrado no mesmo mês do ano anterior, lançando diretamente na fatura o bônus-desconto de 20%. No segundo Projeto de Lei, de nº 1.142, é a Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) que assume a responsabilidade e registrar o consumo e conceder o benefício. A CEB e a Caesb farão constar, de acordo com o projeto, na fatura de cada consumidor, o seguinte texto: “O consumidor que reduzir o consumo de energia em relação ao mesmo mês do ano anterior terá direito a um bônus-desconto de 20% sobre a economia efetivamente realizada. Portanto, além de pagar menos por ter consumido menos, o consumidor ainda terá um bônus-desconto de mais 20% sobre o que economizou. Use racionalmente a energia elétrica, o meio ambiente agradece.” Em caso do descumprimento da lei, a CEB e a Caesb serão obrigadas a conceder ao consumidor lesado o dobro do desconto previsto em lei. Segundo o deputado Reguffe, o projeto é apresentado como um conjunto de ações destinadas à preservação do meio ambiente e à utlização consciente e racional dos recursos naturais, além da energia elétrica. “Entendemos que tais medidas são realmente eficazes na redução do consumo de energia elétrica, afastando-se cada vez mais os riscos atuais e futuros de um apagão energético no Brasil. Não esqueçamos do “apagão elétrico” por que passou o Brasil em 2001 e 2002, quando o país teve que cortar urgentemente 20% do consumo”, disse.