quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Energia limpa pode gerar 8 mi de empregos no mundo

Fonte: Terra - 14.09.2009

Brasil - A indústria de energias renováveis e as medidas de eficiência energética têm capacidade para gerar 8 milhões de empregos no mundo até 2030 se, em dezembro, na Conferência do Clima, em Copenhague (Dinamarca), for fechado um forte acordo de redução das emissões dos gases que provocam o aquecimento global, de acordo com o relatório Trabalhando para o clima: energias renováveis e a revolução dos empregos verdes, realizado pelo Greenpeace em parceria com o Conselho Europeu de Energia Renovável, lançado na Austrália. No Brasil, o cruzamento dos dados das associações por setor com o cenário de expansão da energia renovável no país, traçado no relatório Revolução Energética, lançado pelo Greenpeace em 2007, aponta para a criação de 600 mil novas vagas. As maiores contribuições virão da geração de energia por biomassa seguida pela energia eólica, com 190 mil e 150 mil novos postos de trabalho, respectivamente. "Estes números só serão possíveis se for criado um ambiente propício ao desenvolvimento de algumas tecnologias no Brasil, especialmente em relação às energias eólica e solar", diz o coordenador da campanha de energia do Greenpeace, Ricardo Baitelo. "O que depende de políticas públicas e da criação de um marco regulatório estável que estimule a pesquisa e o desenvolvimento das energias renováveis, além de estimular a criação de um mercado produtor capaz de fabricar localmente os equipamentos necessários e de exportá-los, no médio e longo prazos."

Em nome da eficiência, a iluminação deve mudar


Fonte: Valor Econômico - 14.09.2009

Europa - As lâmpadas incandescentes parecem estar com os dias contados. Em nome da eficiência energética e proteção do meio ambiente, 1º de setembro marcou o início do processo de despedida da tecnologia na Europa, com a proibição da fabricação e venda dos modelos com 100 watts, nos 27 países da União Europeia. Até 2012, os demais modelos serão banidos. Segundo as agências internacionais de notícias, a expectativa faz parte da meta de economizar 80 terawatts.hora (TWh) até 2020, e deixar de emitir cerca de 32 milhões de toneladas de carbono equivalente (TCO2e) na atmosfera.Gigantes do setor, como Philips e Osram, manifestaram o apoio à medida, indicando as vantagens de produtos alternativos mais eficientes e disponíveis no mercado, desde lâmpadas fluorescentes compactas até a mais recente aposta nas com tecnologia LED, baseada em semicondutores para emitir luz. As características das incandescentes, de usarem só 8% da energia na produção de luz, pois o resto transforma-se em calor, seriam o principal fator para a obsolescência programada.No Brasil, lâmpadas econômicas também vêm ganhando espaço, diz Emerson Salvador, chefe da divisão de eficiência energética do Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel), conduzido pela Eletrobrás e Ministério das Minas e Energia (MME), desde os anos 1980.Iniciado com a etiquetagem de dois vilões do consumo de energia: motores elétricos nas indústrias e refrigeradores residenciais, o Procel promoveu sua primeira pesquisa nacional em larga escala sobre uso de eletrodomésticos em 1988. Descobriu que famílias brasileiras tinham, então, uma lâmpada fluorescente para sete incandescentes em suas casas. Na repetição mais recente do estudo, realizada em 2005, a proporção mudou para 50% de cada tipo."Tendo a achar que hoje há menos incandescentes que fluorescentes. Apesar de mais caras, as fluorescentes têm vida útil até cinco vezes maior e consumo quatro vezes menor", diz ele, ao avisar que, em 2007, o programa já acumulava etiquetas indicativas de eficiência energética para 21 categorias de equipamentos, somando 2,3 mil modelos. Todos eles, com a adesão dos fabricantes. A avaliação sempre cabe a uma rede de laboratórios, majoritariamente instalada em universidades brasileiras, com apoio do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).Intitulada Procel Edifica, a etiquetagem mais recente começou a dar notas de A até E para o consumo de energia de edificações comerciais. Na primeira fase, entram em análise três aspectos de edifícios com mais de 500 m2: envoltória, sistemas de iluminação e de climatização do ambiente. Itens como iluminação e ventilação naturais, uso racional de água e de energia solar contam a favor.Dados do programa indicam que edificações residenciais, comerciais e públicas são responsáveis por cerca de 45% do consumo de energia elétrica no Brasil. Enquanto a eficientização em novos projetos arquitetônicos pode resultar em 50% de economia de energia, a taxa média de redução resultante de reformas de edifícios existentes cai para 30%.Emerson Salvador lembra que o país conta com a Lei 10295/01, da Eficiência Energética, que permite ao governo estabelecer níveis máximos de consumo, com metas nacionais que também poderiam ser estabelecidas para lâmpadas incandescentes. Colocada entre as opções mais avançadas, a tecnologia LED já serve, na iluminação pública, para dar luz aos monumentos e compor a sinalização de trânsito, exemplifica. Mas o custo, até cinco vezes superior ao modelo mais eficiente a sódio, e problemas com relação à durabilidade e rendimento, em temperaturas tropicais, levaram o Procel a buscar mais informações sobre a tecnologia, antes da adoção em outras funções, acrescenta Marcel da Costa Siqueira, coordenador do programa Reluz (Programa Nacional de Iluminação Pública e Sinalização Semafórica Eficientes), também conduzido pela Eletrobrás e MME, para dar eficiência à iluminação pública.Em pouco mais de 13 anos de funcionamento, diz Siqueira, o Reluz criou mecanismos de apoio financeiro, com participação de concessionárias e prefeituras, contribuindo para que o índice do uso de lâmpadas a vapor de mercúrio na iluminação pública caísse de 81% para 32% no país, enquanto que as de vapor de sódio, mais ecoeficientes, evoluíssem de 7% para 63%. O programa envolveu, até agora, cerca de R$ 447 milhões em investimentos, majoritariamente para a eficientização da iluminação pública em mais de 1,3 mil municípios brasileiros. São de valores financiados às concessionárias de energia elétrica, que cobrem até 75% do custo dos projetos, a juros de 6,5% ao ano. O resultado, diz , foi economia superior a 786,2 GWh/ano.Apoiada em dados da Agência Internacional de Energia (IEA), a Philips acentua que a iluminação consome 19% de toda a eletricidade no mundo. Desse total, quase 60% representam o consumo das edificações, enquanto que a iluminação viária absorveria 15%. Trata-se de um segmento em que não é difícil ter reduções de até 70% no consumo de energia, dado a predominância de equipamentos antigos, frisa o diretor de assuntos corporativos, Fabiano Ribeiro de Lima. Uma redução de 20% no consumo no quesito iluminação na América Latina, resultaria em menos 9 milhões em TCO2e emitidos na atmosfera, calcula.

Fotoemissores orgânicos OLED prometem revolucionar produção de luz

Fonte: Deutsche Welle - 14.09.2009

Alemanha - Futuro da luz artificial se chama OLED: camadas orgânicas ultradelgadas que geram uma superfície luminosa. Diretor do Instituto de Fotofísica Aplicada de Dresden (Alemanha) explica a técnica.Deutsche Welle: O que significa OLED?Karl Leo: Significa "diodo orgânico emissor de luz". Os LEDs – light emitting diodes – inorgânicos já são conhecidos das lanternas de mão e faróis de bicicleta. Isso significa que se utilizam semicondutores orgânicos. Não quer dizer que sejam biodegradáveis ou coisa assim, apenas que se opera com a química orgânica, ou seja, com moléculas que contêm carbono.E como a coisa funciona com moléculas carbônicas? De onde vem o brilho?Diodos fotoemissores orgânicos funcionam de forma semelhante aos inorgânicos, ambos são "fontes de luz fria". Quer dizer, a luminosidade não se produz aquecendo-se um objeto ao extremo, como nos bulbos incandescentes. Pois nesse caso a eficiência é sempre muito baixa, resulta mais em calor do que em luz. Na lâmpada convencional, por exemplo, a eficiência luminosa é de apenas 5%, o resto é calor. No OLED, inserimos elétrons e esses liberam exatamente a quantidade de energia necessária para produzir luz branca.Os OLEDs precisam de eletricidade?É claro! Sem ela nada é possível. Mas a eficiência é relativamente alta. Hoje já alcançamos cinco a seis vezes mais do que com lâmpadas incandescentes e também superamos de longe as fluorescentes. Como se ativam esses OLEDs? Há algo como um interruptor a se apertar?Sim, eles são ligados normalmente na eletricidade, numa tensão bem baixa, de apenas três ou quatro volts. Já chegamos a alimentar um OLED com uma pilha de batata, de forma a obtermos um diodo cem por cento orgânico (ri). E quatro batatas foram suficientes para fazer luzir um OLED vermelho.Então o senhor crê que algum dia os diodos emissores de luz orgânicos irão substituir totalmente as lâmpadas incandescentes, fluorescentes e econômicas?Sim, estou bem otimista quanto a isso. Pois, além da eficiência energética, os OLEDs possuem outras características interessantes. Primeiro, trata-se de uma fonte luminosa de superfície inteira. Para muitas aplicações é prático a luz ser produzida, não a partir de um foco pontual, mas como superfície luminosa. Além disso, podem-se produzir OLEDs maleáveis, ou seja, em forma de películas a revestirem objetos ou a se colarem na parede.Quer dizer que no futuro as lâmpadas que emitem luz pontual se tornarão obsoletas?Acho que sempre teremos ambas. Há situações em que se necessita de fontes pontuais para focar a iluminação. Em certos setores, como o automobilístico, precisa-se de cones de luz. Mas também há inúmeras aplicações para a luz de superfície. Acho que elas se complementarão; ambas serão utilizadas.Quais são as desvantagens dos OLEDs no momento?Os três critérios essenciais são preço, eficiência e durabilidade. No tocante ao preço, o OLED ainda é caro demais, nada competitivo: o substituto de uma lâmpada convencional custaria 100 euros ou mais. Nossa meta é chegar à faixa de preço de uma lâmpada econômica.Já em termos de eficiência estamos numa boa posição. E no tocante à vida útil, ainda precisamos aperfeiçoar, mas já chegamos a atingir índices bastante bons.O que determina a vida útil dos OLEDs?Há diversos fatores. Por um lado, a estabilidade dos materiais, e aqui ainda temos alguns problemas com os emissores azuis. Além disso, os fotoemissores orgânicos são sensíveis ao ar e ao vapor, precisam ser encapsulados, e esse processo ainda tem que ser aprimorado.Como se formam as diferentes cores?Empregamos diferentes pigmentos. Muitos desses materiais orgânicos são nossos conhecidos: a tinta de carro vermelha, por exemplo, contém pigmentos bem semelhantes aos dos nossos OLEDs. Através da escolha desses diferentes materiais, pode-se alterar o comprimento de onda da luz de forma bem flexível. Assim, é possível dar a um OLED praticamente qualquer cor que se queira. E para o branco, basta combinar vermelho, verde e azul.Onde os OLEDs já são empregados?Sobretudo em telefones celulares e aparelhos eletrônicos de pequeno porte. Também já se produziu um televisor de 11 polegadas nessa técnica.A introdução no mercado vai ocorrer passo a passo. Muito em breve no setor high-end, onde os preços elevados não representam problema algum. Mas até o OLED ser vendido na loja de ferragem, a metro quadrado para colar na parede da sala, ainda vai demorar uns cinco anos.Quais são suas visões para o futuro?Por exemplo, janelas que fossem OLED transparente e célula fotovoltaica ao mesmo tempo. Durante o dia, pareceriam de vidro isolante térmico, produzindo energia, à noite iluminariam de forma tão natural que pareceria que o sol ainda estaria brilhando lá fora.Que países são líderes em termos de OLED?Os Estados Unidos e o Japão. Mas a Europa também lidera junto com eles!O professor Karl Leo é diretor do Instituto de Fotofísica Aplicada na Universidade Técnica de Dresden

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Condicionadores de ar split piso-teto ganham etiquetas de eficiência energética


Resolução 215 do Inmetro, publicada em 27 de julho deste ano, estabeleceu o início da etiquetagem que vai indicar o nível de eficiência energética de cada equipamento

Alexandre Canazio, para o Procel Info

Ar condicionado split: etiquetagem compulsória de eficiência energética

A perspectiva de reduzir o consumo de energia elétrica de equipamentos como freezeres e condicionadores de ar é cada vez mais concreta com a adoção das etiquetas de eficiência energética e da concessão do Selo Procel de Economia de Energia. Em julho deste ano foi a vez de os condicionadores de ar tipo split piso-teto ganharem a etiqueta e o Selo Procel, que de forma inédita começa já compulsória para fabricantes e importadores. Haverá um período de 12 meses de transição para que o comércio deixe de vender os produtos sem a etiqueta.De acordo com Paulo Mocarzel, coordenador do laboratório de refrigeração do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), esse período não deve ser longo devido à forte procura pelo produto. O Cepel foi responsável pelos ensaios destinados a aferir os níveis de eficiência energética dos produtos comercializados no país. "O Cepel dotou uma estrutura de ensaio para possibilitar a avaliação desses equipamentos, sendo o único laboratório acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para esse tipo de ensaio", disse. O laboratório teve que se adaptar ao condicionador tipo split piso-teto, em decorrência do tamanho - pode chegar a 80 mil BTUs de potência. Esses condicionadores podem ainda ter níveis de tensão de 220 V, 380 V ou 440 V. "Tivemos que alterar a estrutura de ensaio de forma a possibilitar a avaliação desses equipamentos de grande porte", explicou Mocarzel, destacando que o calorímetro, onde são feitos os ensaios, foi a maior preocupação. Os esforços valeram a pena. O Cepel conseguiu testar praticamente todos os produtos no mercado antes da publicação da Resolução 215 do Inmetro em 27 de julho deste ano, que estabeleceu a etiquetagem. A adoção da compulsoriedade foi possível porque em quase três anos de discussões os fabricantes e importadores foram adotando os níveis propostos. "Se observou que a maioria dos fabricantes já seguia os níveis de eficiência energética. Eles vinham seguindo voluntariamente", observou Leonardo Rocha, chefe substituto da Divisão do Programa de Avaliação de Conformidade do Inmetro. Essa rápida adaptação do setor deve-se à abrangência da etiquetagem no setor de ar condicionado. "A etiquetagem dos condicionadores de ar ocorre há uma década. A compulsoriedade se deu a partir de 2006, com a portaria 14, abrangendo condicionadores de ar de janela e splits tipo hi-wall de até 36 mil BTUs", lembrou Rocha. De acordo com Mocarzel, em razão da recente revisão da tabela de classificação energética, o ganho mínimo de eficiência energética dos condicionadores de ar, de maneira geral, é de 8%. Ele explicou ainda que o país está adotando níveis europeus de eficiência energética, no caso dos split piso-teto, porque não havia parâmetros locais para fixar os níveis. "Os maiores ganhos, contudo, serão naqueles produtos de mais alta eficiência energética, que recebem o Selo Procel", frisou o coordenador do laboratório de refrigeração do Cepel.
"A etiquetagem dos condicionadores de ar ocorre há uma década. A compulsoriedade se deu a partir de 2006, com a portaria 14, abrangendo condicionadores de ar de janela e splits tipo hi-wall de até 36 mil BTUs", conta Leonardo Rocha, do InmetroEldon Costa, engenheiro do Procel, lembra que os consumidores terão as informações sobre os índices de eficiência energética dos condicionadores de ar piso-teto disponibilizados no site do Procel. "O Procel mantém em seu site (www.eletrobras.com/procel) as tabelas com os modelos contemplados com o Selo Procel, de modo a que os consumidores possam optar pelos produtos mais eficientes do mercado.", contou. “No caso dos splits piso-teto, os benefícios para os consumidores poderão se ampliar em breve, na medida em que os fabricantes lancem novos produtos para atender aos índices de eficiência energética atuais, necessários para obter a concessão do uso do Selo Procel”. Leonardo Rocha, do Inmetro, adiantou ao Portal Procel Info que está em discussão uma regra de evolução dos índices de eficiência energética. "Será feita uma redistribuição das faixas de eficiência energética com a eliminação da faixa menos eficiente e adequação das outras", disse.Rocha disse ainda que, entre os pontos de discussão, está a periodicidade da mudança das faixas de eficiência energética. Ele afirmou que o Inmetro quer saber qual o período mais adequado no entender dos fabricantes para as modificações serem feitas. "Cada mudança no índice de eficiência energética significa um investimento necessário para adequação", comentou. Outro que trouxe novidades foi Paulo Mocarzel. Ele disse que os splits tipo cassete já estão certos para ganhar etiqueta em julho de 2010. Isso porque, explica, a etiquetagem desses equipamentos foi adiada para não atrapalhar o processo dos split piso-teto. No caso dos splits piso-teto, o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) vai aferir se os níveis de eficiência energética obtidos nos ensaios laboratoriais preliminares serão reproduzidos pelos produtos à venda no mercado. "O PBE vai realizar um procedimento de acompanhamento de produção, por amostragem, através do qual vai coletar várias unidades para avaliar as condições dos produtos à venda", contou Mocarzel. O resultado da análise vai ratificar ou não os índices estampados nas etiquetas.

Geladeira antiga pode dar prejuízo de até R$ 50 na conta de luz

Fonte: Correio 24h - 31.08.2009

Bahia - O eletrodoméstico indispensável das donas de casa é também o principal vilão quando o assunto é conta de luz. Depois do chuveiro elétrico, a geladeira é o segundo item que mais consome energia em uma residência, pois fica ligado durante o dia todo. Um refrigerador é responsável por cerca de 22% do total da conta de luz, segundo dados da Eletrobrás. Mas este percentual pode chegar a 70%, caso o aparelho não esteja em bom estado.Comparando uma geladeira em péssimas condições com uma nova, a economia pode ser mais que R$ 50 por mês. O coordenador do Laboratório de Eficiência Energética da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o professor Caiuby Costa, explica que o consumo de um equipamento depende da sua potência e do tempo de uso.No caso do refrigerador, além dele ficar ligado 24 horas, o seu estado de conservação também influencia. Dentre os problemas que elevam consideravelmente o valor na conta de luz, está a perda de isolamento térmico da porta. “Com o passar do tempo, a borracha se desgasta, permitindo que o ar quente externo entre. Isso faz com que o motor tenha que trabalhar mais para poder manter a baixa temperatura no interior da geladeira, necessitando de mais energia”, informa.Foi exatamente isso que aconteceu com o refrigerador de 15 anos do encanador Benício Lima. Ele conta que só notou algo de errado com o eletrodoméstico devido às constantes altas na conta. “Como todo mês subia, resolvi chamar um técnico da Coelba. Não deu outra. A geladeira não estava fechando direito”.Sem dinheiro para comprar um refrigerador novo, o encanador recorreu ao programa Nova Geladeira, da Coelba (Companhia de Energia da Bahia). “Dei a minha velha e paguei R$ 246 em troca de um modelo menor, mas bem mais econômico, novinho em folha”. Resultado, o valor da conta caiu cerca de 186%, passando de R$ 80 para os atuais R$ 28.Cálculos da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos revelam que geladeiras fabricadas há mais de cinco anos consomem 40% mais energia. De acordo com o professor da Ufba, a redução na conta acontece porque os eletrodomésticos sofrem anualmente uma evolução em eficiência energética, ficando cada vez mais econômicos. “Antes de questionar a quantia a ser investida na compra de um refrigerador novo, é bom ter em mente que o valor será recompensado com a economia na conta”.Ele orienta que o consumidor faça as contas e compre um modelo de acordo com as necessidades da família, além de dar prioridade aos que têm o Selo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica). “Apesar de custar um pouco mais, gasta menos energia. O selo atesta que o produto possui os melhores índices de eficiência”.Troca de geladeira tem incentivoSe a sua geladeira está dando prejuízo na hora da conta de energia, chegou a hora de comprar uma nova. Uma oportunidade é aproveitar o incentivo fiscal do governo federal, que reduziu em 10% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida vale até o próximo dia 31 de outubro e está estimulando muitas redes a baixar os preços.No site das Casas Bahia, por exemplo, é possível comprar um refrigerador de 239 litros por R$ 649, parcelado em até dez vezes sem juros no cartão de crédito. Outra alternativa é participar do Projeto Nova Geladeira, da Coelba.Segundo a assessora de eficiência energética do Grupo Neoenergia, Ana Cristhina Mascarenhas, o projeto é voltado ao consumidor de baixa renda de Salvador (BA). “Em troca da geladeira velha, o cliente paga R$ 120 e leva um refrigerador novo com Selo Procel”, explica, informando que o valor pode ser dividido em até 24 vezes sem juros. “Através desse programa, entregamos 100 geladeiras por dia na capital”.Para os imóveis residenciais que consomem acima de 100 kWh/mês, em média, a empresa disponibiliza o programa Energia Verde. Doando R$ 5, R$ 7 ou R$ 10 por mês para o Instituto BioAtlântica (Ibio), o consumidor ajuda a reflorestar o corredor Monte Pascoal - Pau Brasil, no extremo sul do estado, e ainda ganha dois bônus de até R$ 500 cada, que pode ser usado para trocar geladeiras, aparelhos de ar condicionado e freezers. Os dois programas fazem parte do Programa de Eficiência Energética da Coelba.Veja como fazer o teste da borrachaPara saber se a borracha de vedação da geladeira está precisando ser trocada, a assessora de eficiência energética do grupo Neoenergia, Ana Christina Mascarenhas, ensina um teste simples. “Basta prender uma folha de papel na porta da geladeira e tentar retirá- la. Caso a folha saia com facilidade, é sinal de que a vedação não está boa e precisa ser trocada com urgência”, orienta.Mas, se esse teste ainda não for convincente, outra dica da assessora é ficar de olho no contador. “Com tudo funcionando, vá ao medidor e anote a leitura. Depois, desligue a geladeira por uma hora e torne a fazer a anotação. O resultado da primeira medição menos o resultado da segunda será o valor que a geladeira está consumindo”, ensina Mascarenhas.

Geladeira antiga pode dar prejuízo de até R$ 50 na conta de luz

Fonte: Correio 24h - 31.08.2009

Bahia - O eletrodoméstico indispensável das donas de casa é também o principal vilão quando o assunto é conta de luz. Depois do chuveiro elétrico, a geladeira é o segundo item que mais consome energia em uma residência, pois fica ligado durante o dia todo. Um refrigerador é responsável por cerca de 22% do total da conta de luz, segundo dados da Eletrobrás. Mas este percentual pode chegar a 70%, caso o aparelho não esteja em bom estado.Comparando uma geladeira em péssimas condições com uma nova, a economia pode ser mais que R$ 50 por mês. O coordenador do Laboratório de Eficiência Energética da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o professor Caiuby Costa, explica que o consumo de um equipamento depende da sua potência e do tempo de uso.No caso do refrigerador, além dele ficar ligado 24 horas, o seu estado de conservação também influencia. Dentre os problemas que elevam consideravelmente o valor na conta de luz, está a perda de isolamento térmico da porta. “Com o passar do tempo, a borracha se desgasta, permitindo que o ar quente externo entre. Isso faz com que o motor tenha que trabalhar mais para poder manter a baixa temperatura no interior da geladeira, necessitando de mais energia”, informa.Foi exatamente isso que aconteceu com o refrigerador de 15 anos do encanador Benício Lima. Ele conta que só notou algo de errado com o eletrodoméstico devido às constantes altas na conta. “Como todo mês subia, resolvi chamar um técnico da Coelba. Não deu outra. A geladeira não estava fechando direito”.Sem dinheiro para comprar um refrigerador novo, o encanador recorreu ao programa Nova Geladeira, da Coelba (Companhia de Energia da Bahia). “Dei a minha velha e paguei R$ 246 em troca de um modelo menor, mas bem mais econômico, novinho em folha”. Resultado, o valor da conta caiu cerca de 186%, passando de R$ 80 para os atuais R$ 28.Cálculos da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos revelam que geladeiras fabricadas há mais de cinco anos consomem 40% mais energia. De acordo com o professor da Ufba, a redução na conta acontece porque os eletrodomésticos sofrem anualmente uma evolução em eficiência energética, ficando cada vez mais econômicos. “Antes de questionar a quantia a ser investida na compra de um refrigerador novo, é bom ter em mente que o valor será recompensado com a economia na conta”.Ele orienta que o consumidor faça as contas e compre um modelo de acordo com as necessidades da família, além de dar prioridade aos que têm o Selo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica). “Apesar de custar um pouco mais, gasta menos energia. O selo atesta que o produto possui os melhores índices de eficiência”.Troca de geladeira tem incentivoSe a sua geladeira está dando prejuízo na hora da conta de energia, chegou a hora de comprar uma nova. Uma oportunidade é aproveitar o incentivo fiscal do governo federal, que reduziu em 10% o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A medida vale até o próximo dia 31 de outubro e está estimulando muitas redes a baixar os preços.No site das Casas Bahia, por exemplo, é possível comprar um refrigerador de 239 litros por R$ 649, parcelado em até dez vezes sem juros no cartão de crédito. Outra alternativa é participar do Projeto Nova Geladeira, da Coelba.Segundo a assessora de eficiência energética do Grupo Neoenergia, Ana Cristhina Mascarenhas, o projeto é voltado ao consumidor de baixa renda de Salvador (BA). “Em troca da geladeira velha, o cliente paga R$ 120 e leva um refrigerador novo com Selo Procel”, explica, informando que o valor pode ser dividido em até 24 vezes sem juros. “Através desse programa, entregamos 100 geladeiras por dia na capital”.Para os imóveis residenciais que consomem acima de 100 kWh/mês, em média, a empresa disponibiliza o programa Energia Verde. Doando R$ 5, R$ 7 ou R$ 10 por mês para o Instituto BioAtlântica (Ibio), o consumidor ajuda a reflorestar o corredor Monte Pascoal - Pau Brasil, no extremo sul do estado, e ainda ganha dois bônus de até R$ 500 cada, que pode ser usado para trocar geladeiras, aparelhos de ar condicionado e freezers. Os dois programas fazem parte do Programa de Eficiência Energética da Coelba.Veja como fazer o teste da borrachaPara saber se a borracha de vedação da geladeira está precisando ser trocada, a assessora de eficiência energética do grupo Neoenergia, Ana Christina Mascarenhas, ensina um teste simples. “Basta prender uma folha de papel na porta da geladeira e tentar retirá- la. Caso a folha saia com facilidade, é sinal de que a vedação não está boa e precisa ser trocada com urgência”, orienta.Mas, se esse teste ainda não for convincente, outra dica da assessora é ficar de olho no contador. “Com tudo funcionando, vá ao medidor e anote a leitura. Depois, desligue a geladeira por uma hora e torne a fazer a anotação. O resultado da primeira medição menos o resultado da segunda será o valor que a geladeira está consumindo”, ensina Mascarenhas.